O Censo começou a ser realizado
em 1872, mas com a criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) em 1936, o órgão assumiu esta responsabilidade de realizar estes
levantamentos estatísticos, que o faz com maestria.
O Censo é realizado a cada 10
anos sendo que o último foi em 2010, e revela uma radiografia do país em
diversas áreas onde se levanta vários dados estatísticos importantes que serve
de base aos governantes para planejar Políticas Públicas e informar a população
de como a Sociedade se modificou neste período.
O Próximo Censo deveria ter sido
feito em 2020, mas com o advento da Pandemia e a falta de recursos o IBGE não
conseguiu se organizar para realizar o levantamento destes dados estatísticos
transferindo para 2021, que também não foi realizado e esperamos que seja feito
agora em 2022.
A atualização dos dados a cada
década é de suma importância para traçar metas e diretrizes a serem cumpridas
por governos baseado em informações atuais que certamente vão contribuir para o
sucesso do planejamento.
A transformação da sociedade é
constante e sua modernização, ao passar dos anos, depende do comportamento e
conhecimento que se tem do povo que a constitui. O Censo serve para nos trazer
estes conhecimentos em várias áreas como: política, economia, cultura,
educação, aspectos sociais, e também dados sobre demografia, urbanização,
imigração, cor, raça, cidadania, segurança pública, religião, expectativa de
vida, saneamento básico, perguntas sobre Autismo (inovador) e outros.
O Censo Demográfico é capaz de
identificar as alterações ocorridas na Sociedade nos aspectos supramencionados,
no período de 10 anos, com bastante precisão.
A princípio, houve um certo
descaso das autoridades em garantir ao IBGE realizar o Censo em 2021, pois o
orçamento necessário era da ordem de 2 bilhões de reais, mas durante a
tramitação do projeto no Congresso Nacional os parlamentares fizeram um corte
de 88% do valor total, tendo a sanção do Presidente da República, tornando
assim inviável a sua realização.
O atraso na realização do Censo
afeta sensivelmente às políticas públicas dos Entes da Federação uma vez que os
dados para efetuar o planejamento destas políticas ficam defasados e fora da
realidade, tornando-o inexequível e inviável. O levantamento de indicadores
estatísticos e dados populacionais afetam, por exemplo, os repasses de recursos
do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) às cidades para que os Prefeitos
possam fazer seus investimentos em benefício da população e cumprir seus
Planejamentos Estratégicos.
É claro que em 10 anos ocorreram nascimentos e mortes nas cidades, migrações internas e isso o Censo capta e
contribui para que os Governantes formulem Políticas Publicas, principalmente
nas áreas da Saúde e Educação baseados em dados atuais, sendo que os repasses
de recursos ditos anteriormente estão atrelados aos índices populacionais de
cada cidade, ou seja a cidade que aumentou sua população receberá mais recursos
do que a outra que teve diminuição populacional.
O Censo é um instrumento
essencial para mitigar a desigualdade social que é enorme no Brasil e se
acentuou devido à Pandemia. Um dos maiores desafios da Sociedade é amenizar as
desigualdades sociais ou erradicar a pobreza que a cerca, pois sua origem se dá
como consequência dos conflitos entre povos, causando a imigração forçada das
pessoas, a persistência de Pandemias e outros males relacionados às condições
de vida. Ela é o resultado da má distribuição das riquezas do País e da falta
de oportunidades. A luta contra a pobreza se faz necessária e urgente e o Censo nos traz uma visão panorâmica destas
desigualdades e serve de suporte para o Planejamento das Políticas Públicas.
Portanto, é imperativo a
realização do Censo Demográfico para o desenvolvimento sustentável e efetivo do
País, para que as ações governamentais possam melhorar a qualidade e
expectativa de vida povo, pois a conquista do bem estar social para todos, pressupõe uma existência humana
longeva e saudável, sem pobreza nem miséria.
Emprego e Renda são fundamentais
para a melhoria de vida da população brasileira.
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